sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Tempestade...





Lágrimas rolaram
Tempestades se derramaram sobre meu coração
Turbilhões de pensamentos
Hipóteses, variáveis, conclusões


Tudo ocorreu de forma voraz e absoluta
De um tudo, ficou o nada
E assim como no fim das tempestades
Meu coração vive hoje o silêncio desse fim.


Gotas rolam pelas flores
Chão úmido, janelas embaçadas
E o sossego reinando absoluto


Esse silêncio não me imprime sensações
Não incute o desejo de entender o que aconteceu
É apenas o silêncio...

Algo além disso pra provocarem as tempestades?
Talvez um pedacinho de esperança
A quimera de que as coisas fiquem no lugar
A expectativa de ordem

Tempestades revolucionam
Mas quando cessam, acalmam os corações aflitos
Lava a alma, livra o espírito dos incômodos
Levam em suas enxurradas tudo
E cede espaço ao novo, ao recomeço

Que esse dilúvio que passou em mim leve tudo consigo
E me dê a chance de recomeçar
Como uma fênix que renasce das próprias cinzas
Utilizando minha essência para me refazer
Me dando a oportunidade de ser nova
Sem me esquecer do que realmente sou...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Chorar...


Lágrimas, palavras da alma...



Essa frase parece ter muito mais sentido pra mim agora.

Fazia muito tempo que eu não chorava dessa forma (e olha que eu sou chorona pra caramba).



Entre as lágrimas, surgiu em minha mente um turbilhão de lembranças, sentimentos e questionamentos.

Por que as coisas tomaram o rumo que tomaram, se o meu coração parecia (e hoje eu constato que realmente está) tão apaixonado e tão disposto a fazer qualquer coisa pra viver essa paixão? Toda a inteligência, filosofia e competência que existe em mim parece não ajudar nessa caso.



Lembro-me de um dia achar ter percebido em você a mesma coisa. Mas hoje já não tenho certeza de mais nada.

Não sei que atitudes tomar, o que fazer, e meu organismo responde com as lágrimas.



Mas elas embaçam minha capacidade de encontrar uma saída. Toma a minha capacidade de pensar, de encontrar uma solução se dissipa no meio das lágrimas, e isso me leva a mais lágrimas... Seria isso um círculo vicioso???


Enquanto eu não descubro o que fazer, vou reviver cada lembrança, cada doce que passei ao seu lado. Enquanto não encontro porto seguro para atracar, fico aqui navegando no mar salgado de minhas lágrimas.
Por ora, a única a fazer é esperar, como diria Rose de Witt Bukater, no filme Titanic: "...Esperar para morrer, esperar para viver, esperar por uma absolvição que nunca viria."